Nos últimos anos o gênero de super-heróis dominou o cinema arrecadando bilhões em bilheteria. Porém, atualmente o gênero se encontra saturado, em busca de uma reformulação em suas narrativas. Por isso, estamos vendo sua migração para a TV com a alta dos streamings. A DC já oficializou projetos que pretende lançar no futuro. Mas, embora tenha títulos novos acreditamos que há personagens que poderiam estar nesses projetos. É fato que a DC possui personagens que infelizmente não recebem o tratamento digno que merecem. São personagens que tinham tudo para dar certo numa adaptação, mas a empresa não consegue enxergar o grande potencial que possuem e, por isso, não investem neles como deveriam.
A seguir trataremos de personagens que não receberam boas adaptações ou que ainda não tiveram presente em outra mídia. Logo, como grandes fãs da DC, lamentamos que estes personagens não sejam bem aproveitados, visto que tinham tudo para geraram obras marcantes e conquistaram o sucesso de público e da crítica numa série ou até mesmo no cinema.
John Constantine
O personagem apareceu a primeira vez nas histórias de quadrinhos do Monstro do Pântano escrita por Allan Moore. O carisma e sarcasmo do personagem foi tão impactante que logo depois iria receber um título próprio na editora. Dessa forma, logo se consolidou como um dos principais títulos do antigo selo da DC, chamado Vertigo. Apesar do personagem receber duas adaptações sentimos que nas duas não foi explorado todo seu potencial. Na TV, o personagem recebeu uma série que ninguém se lembra, tendo sido cancelado na primeira temporada. Já no cinema, o filme protagonizado por Keanu Reaves até que conquistou a simpatia do público, havendo rumores de receber uma sequência.
De toda forma, John Constatine é um anti-herói que tinha tudo para ser protagonista de uma boa série, pois além de ter conexões com vários personagens importantes da DC, tem todos os elementos para conquistar o público. Além disso, há histórias fantásticas nos quadrinhos que poderiam ganhar vida numa série, como seu arco de origem escrito por Jamie Delano.
Scott Free e a Grande Barda
Criado pelo renomado Jack Kirby, o título do Senhor Milagre ganhou novamente destaque com a minissérie em quadrinhos lançada nos EUA em 2017 escrita por Tom King e com arte e cores de Mitch Gerads. Não tem como não ler a jornada do escapista mais famoso da DC e não se apaixonar com sua relação com a Grande Barda, que inclusive, rouba a cena várias vezes. Além disso, outro ponto a se destacar é que a história dialoga bastante com os dias atuais, tratando sobre a não aceitação da perda e, como isso, pode acarretar num quadro de depressão.
No momento que o gênero de super-heróis precisa urgentemente de uma renovação em suas histórias, Senhor Milagre seria uma opção perfeita para dar um novo fôlego para um gênero carente de novas narrativas. Sendo assim, bem que a DC poderia usar como inspiração a versão moderna do Senhor Milagre de Tom King para fazer uma adaptação seja para o cinema ou para TV.
Renee Montoya
Se você gosta de uma história de investigação policial com clima noir não pode deixar de conhecer a HQ Gotham Central. Apesar da criação da personagem ter ocorrido na animação clássica do Batman de 1992 é nessa série policial que ela se destaca. Assim, na HQ cada arco vai tratar do departamento policial de Gotham tentando resolver alguma treta causada por um vilão conhecido do Homem Morcego. Dentre os policiais protagonistas a mais desenvolvida pelos roteiristas é Renee Montoya.
A personagem possui um forte senso de justiça, estando sempre pronta para combater o caos inerente de uma cidade conhecida pela alta corrupção e criminalidade. Logo, seria incrível uma série com foco na personagem, mostrando uma ótima policial com valores que não se negociam. Apesar de ter aparecido na recente animação do Batman: Encapuzado, sentimos que Renee Montoya merecia uma série live action. Seria incrível vê-la numa adaptação no mesmo universo do Batman de Matt Reaves. Uma série tendo como principal inspiração a série no universo em quadrinhos Gotham Central escrita por Ed Brubaker e Greg Rucka.
