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Os seis maiores deslizamentos de terra da história mundial.

Os deslizamentos de terra são fenômenos naturais que, em questão de minutos, podem devastar comunidades inteiras, resultando na perda de vidas e destruição de infraestruturas. Esses eventos geralmente são provocados por condições climáticas extremas, atividades sísmicas ou intervenção humana, sendo assim suas consequências podem ser irreversíveis. Neste post, exploraremos os 6 maiores desastres ocasionados por deslizamentos de terra na história.

De Armero, na Colômbia, a Vajont, na Itália, cada um desses deslizamentos oferece lições valiosas sobre a importância da prevenção e preparação para desastres naturais.

1. Armero, Colômbia (1985)

Foto difulgada pelo El Espectador – Na imagem motra a jovem Omyra Sanches de 12 anos, presa pelos escombros, em 12 de novembro de 1985, em Armero, Colômbia. Infelizmente não conseguiram resgata-la.

Em 13 de novembro de 1985, Armero, na Colômbia, foi devastada por um deslizamento de terra causado pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz. A erupção rapidamente derreteu grandes quantidades de neve e gelo, de modo que uma avalanche de lama e rochas desceu a montanha e atingiu a cidade, localizada a cerca de 48 km do vulcão.

A cidade de Armero foi praticamente destruída e muitas vítimas não conseguiram escapar. Estima-se que mais de 23.000 pessoas perderam a vida devido à falta de um sistema de alerta eficaz. Sendo assim, o evento destacou a vulnerabilidade das comunidades em áreas de risco sem um plano de evacuação adequado.

As autoridades colombianas enfrentaram dificuldades em coordenar os esforços de resgate devido à destruição generalizada e ao difícil acesso à cidade. Logo, a tragédia levou a mudanças significativas na política de gestão de desastres no país, com a criação de sistemas de alerta precoce e políticas de evacuação mais eficazes em áreas vulneráveis.

2. Yungay, Peru (1970)

Foto tirada em 01 de Junho de 1970, mostrando a cidade destruida – Fonte: UNICEF

Em 31 de maio de 1970, um terremoto de magnitude 7,7 atingiu a região de Ancash, no Peru, desencadeando um deslizamento de terra gigantesco na montanha Huascarán. De modo que, este deslizamento arrastou rochas, neve e terra para a cidade de Yungay, a cerca de 25 km de distância.

Cerca de 20.000 pessoas morreram, incluindo moradores de Yungay e vilas próximas. A violência do deslizamento destruiu completamente a cidade, dificultando os trabalhos de resgate devido à grande quantidade de escombros.

O governo peruano foi incapaz de fornecer ajuda imediata devido à magnitude do desastre, enfrentando enormes obstáculos nas operações de resgate. Logo, a tragédia gerou uma resposta internacional, com países vizinhos enviando equipes de resgate e ajuda humanitária. Sendo assim, o desastre resultou em uma mudança nas políticas de construção e no reforço das práticas de mitigação de desastres em áreas montanhosas.

3. Deslizamento de terra na China (2010)

Em 8 de agosto de 2010, chuvas intensas na província de Gansu, no condado de Zhouqu, China, causaram um deslizamento de terra que devastou a cidade. O deslizamento enterrou várias aldeias sob toneladas de lama e rochas.

O evento causou uma crise humanitária, de modo que deixou muitas pessoas sem abrigo e sem acesso a alimentos e serviços médicos. A destruição de infraestruturas como prédios, estradas e pontes dificultou os esforços de resgate devido à instabilidade do solo. Mais de 1.400 pessoas perderam a vida, com mais de 1.000 desaparecidos e milhares de feridos.

O governo chinês enviou equipes de resgate e forneceu ajuda financeira e recursos para os sobreviventes, além de trabalhar na reconstrução das infraestruturas afetadas. Dessa forma, o desastre gerou discussões sobre a necessidade de políticas mais rigorosas para proteger as regiões montanhosas e a construção de novas infraestruturas em áreas de risco.

4. Vargas, Venezuela (1999)

Foto tirada no dia 01 de julho de 1970, de Pessoas fazem buscas em escombros, um dia depois do terremoto de 7,9 de magnitude que assolou a região de Chimbote, norte do Peru – UNICEF/AFP/Arquivos

Entre 14 e 16 de dezembro de 1999, chuvas torrenciais atingiram a Venezuela, resultando em deslizamentos de terra catastróficos no estado de Vargas. O solo saturado provocou o deslizamento de grandes volumes de lama e detritos, com isso destruiu bairros inteiros.

O deslizamento de terra em Vargas matou aproximadamente 30.000 pessoas e deixou milhares desabrigadas. A cidade foi completamente destruída e a região enfrentou uma crise de infraestruturas e serviços básicos, como água e energia elétrica.

O governo venezuelano enfrentou grandes dificuldades para coordenar a resposta ao desastre devido à magnitude da tragédia. Organizações internacionais ajudaram nas operações de rescaldo, mas a reconstrução foi um processo longo e doloroso.

5. Manjil, Irã (1972)

Em 10 de abril de 1972, um terremoto de magnitude 7,4 devastou o Irã, causando um grande deslizamento de terra. O tremor fez com que grandes quantidades de terra e rochas descessem das montanhas em direção às aldeias na região norte do Irã, sendo Manjil e Rudbar as cidades mais atingidas.

Cerca de 5.000 pessoas morreram, mais de 10.000 ficaram feridas e muitas aldeias foram destruídas. O terremoto e o deslizamento afetaram tanto áreas urbanas quanto rurais, causando grandes perdas humanas e materiais.

As autoridades iranianas, com apoio internacional, organizaram esforços de resgate e assistência humanitária. Sendo assim, o desastre reforçou a necessidade de melhorar a construção em áreas sísmicas e os sistemas de resposta a desastres naturais.

6. Vajont, Itália (1963)

Foto da tragédia da barragem do rio Vajont em outubro de 1963

Em 9 de outubro de 1963, na Itália, um terremoto na região da barragem do rio Vajont causou um deslizamento de 260 milhões de metros cúbicos de terra e rocha do Monte Toc. Dessa forma, o deslizamento formou ondas gigantescas com mais de 250 metros de altura no reservatório da barragem.

As águas inundaram rapidamente as vilas de Longarone, Pirago, Villanova, Rivalta e Fae, levando à morte cerca de 2.000 pessoas.

O impacto foi devastador, não só pela perda de vidas, mas também pelas questões de responsabilidade que surgiram, já que muitos acreditavam que a construção da barragem em uma área geologicamente instável foi um fator determinante.

Após o desastre, houve uma investigação sobre a construção da barragem e críticas à falta de medidas de segurança adequadas. Logo, o desastre resultou em reformas nas políticas de engenharia e segurança em projetos de infraestrutura em áreas de risco.

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Marjorie Abrantes

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