Calmo, frio e violento
Impressionante o início de Carlos Prates no UFC. Só em 2024 foram quatro lutas e quatros nocautes brutais. Todos eles renderam bônus de performance, garantindo mais de 1 milhões de reais para o prospecto brasileiro. Esse grandioso feito tem a ver, além da demonstração de frieza e calma com que ele constrói o nocaute, com a forma como os oponentes de Carlos ficam após as interrupções. Logo, a expressão de dor e os olhos revirados de seus adversários chega ser assustador até mesmo para quem tem costume de acompanhar MMA. O pesadelo se move como um caçador indo atrás de sua presa, não demonstrando nenhuma urgência para acabar com a luta. O estilo solto e leve de Carlos mais a aplicação de nocautes avassaladores em seus oponentes fizeram com que Dana White o comparasse com Anderson Silva no auge.
Lastro de competição forjou o pesadelo
Um ponto curioso a se destacar é que os treinadores da Figthing Nerds, equipe no qual o lutador faz parte, não consideram Prates o mais talentoso nem o lutador mais completo da equipe. Porém, um fator importante para explicar seu início de sucesso no UFC, é sua vasta experiência no muay thai vivenciada na época que competiu na Tailândia. São mais de cem lutas feitas pelo brasileiro no período que viveu por lá. Sendo assim, o tempo que Carlos viveu lá lhe proporcionou a lutar em todos cenários imagináveis possíveis. O brasileiro confessou até ter enfrentado um oponente com dor de barriga quando esteve por lá. Sem dúvidas, esse lastro de competição foi fundamental pra forjar o pesadelo que Prates se tornou no octógono.
A confiança e o vasto arsenal na trocação
É um pesadelo enfrentar Carlos Prates na trocação, visto o vasto arsenal que possui nesse área. Ele tem chutes, joelhadas e combinações que sempre quando conectadas machucam seu adversário. Assim, tudo é pensado para que no final seu oponente venha desistir de alguma forma. Para o pesadelo não basta vencer, é preciso além disso impressionar, uma vez que essa mentalidade é a melhor forma de conseguir o bônus de performance. O acúmulo de danos causados por conta da precisão e letalidade do brasileiro, explicam como ele vai construindo aos poucos o nocaute. Portanto, isso também só é possível por causa da confiança que ele possui em suas habilidades e no plano de jogo desenvolvido pela sua equipe.
O Romário do MMA
Além de pesadelo, um dos apelidos de Carlos Prates é de Romário do MMA. Dessa forma, esse nome surgiu nos bastidores da academia difundido por seus companheiros de treinos. E tem tudo a ver, com o estilo de vida com que Carlos para sua vida. A lógica nos mostra que o atleta precisa renunciar aos prazeres mundanos para conquistar grandes feitos no esporte. Porém, esse paradigma Carlos parece contrariar, assim como seu ídolo Romário fazia. Num vídeo no canal dos irmãos Walker no YouTube, o irmão de Johny Walker, Valter Walker, disse ter encontrado Carlos numa boate na Tailândia e ao se referir ao compatriota confessou que ele sabe viver. Esse relato de Prates demostra que desde sempre ele gostou de festas.
Sendo assim, em seu canal no YouTube, o pesadelo não tem vergonha de mostrar os bastidores de sua vida. Além da rotina intensa de treinos, mostra hábitos de fumar e a curtição com muita bebedeira após suas lutas. A sinceridade e os hábitos controversos tornam ainda mais o pesadelo uma figura peculiar no universo da luta.