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‘Trash talk’ por si só não se sustenta

O esporte de combate é multifacetado, havendo várias camadas exploradas por um lutador como meio de obter vantagem sobre o oponente. Por isso, no meio do MMA há bastante atletas que ficaram conhecidos por provocar seus adversários. A prática da provocação no mundo da luta não é algo novo. No boxe a lenda Muhammad Ali adorava adotar esse tipo de abordagem. Contudo, os lutadores que tem escolhido tal prática atualmente acabam utilizando um estilo mais agressivo. Sendo assim, o termo  americano ‘trash talk’ se popularizou, sendo usado para identificar o estilo agressivo de provocar. Cabe destacar que os lutadores que utilizam o trash talk buscam com isso desestabilizar  mentalmente o adversário. Além disso, eles também causam muita polêmica com suas declarações e, dessa forma, acabam atraindo ódio por parte do público. De fato, a abordagem do trash talk tem o lado positivo de impulsionar o aspecto promocional da luta. Porém, quem usa dessa ferramenta quando perde sente mais a dor maior da derrota.

MMA é entretenimento

Com o sucesso do UFC no cenário do mundo das lutas, o MMA hoje é tratado como esporte de combate sendo visto como entretenimento. Ou seja, algumas vezes o lado esportivo é deixado de lado, para dar lugar ao espetáculo. Isso explica, muitos lutadores não virem de uma boa sequência de vitórias e mesmo assim conseguirem boas lutas. Ao passo que outros parecem que precisam conquistarem mais resultados para conseguirem melhores oportunidades. Cabe também destacar que o estilo de luta é outro fator que conta. Sendo assim, lutadores com um estilo empolgante, mesmo quando oscilam, por fazerem boas lutas garantem o emprego. É evidente que o mais importante é o resultado, mais ser relevante nas mídias sociais acaba impulsionando a carreira do lutador. Um bom exemplo disso é Borrachinha, que sempre gostou de produzir conteúdo na Internet, causando discórdia até com seus compatriotas. O brasileiro mesmo não tendo vindo de bons resultados, conseguiu enfrentar nomes relevantes na categoria dos médios, como Whitaker.

Não basta só provocar

Não resta dúvidas que usar o ‘trash talk’ como um meio de se promover gera bastante engajamento por parte do público. Dessa forma, os acompanhantes do mundo da luta curtem rivalidades, histórias que ensejam emoção para quem assiste. No MMA o irlandês Connor Mcgregor teve uma ascensão meteórica muito por conta do estilo provocador. Não foi por acaso que a luta que mais vendeu per per view no UFC foi a dele versus Khabib. O irlandês fez até vandalismo com o ônibus que o seu oponente e dele estava. Ficou nítido que o embate entre eles chegou a ir pra o lado pessoal.
Contudo, cabe destacar que o ‘trash talk’ por si só não se sustenta, visto que Connor Mcgregor só se tornou uma grande estrela porque também apresentava resultados. Sendo assim, da mesma forma que provocava ele entregava performances impressionantes. Poucos lutadores conseguiram o grande feito do duplo campeonato e ele está nesse rol seleto. Cabe destacar que usar o ‘trash talk’ para se promover é sempre estar no alto risco e alta recompensa. Se você ganhar sua popularidade aumenta de forma absurda, porém se você perde as críticas e mensagens de ódio vindas do público em cima de você são altíssimas Por isso, que toda vez que Colby Covington sofre revés ele assume uma postura de negação da realidade. Já Jamahal Hill, em sua conta no Instagram depois de sua derrota para Jiri Prochazka, adotou uma postura diferente, ao parabenizar seu adversário.

Maykon Douglas

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